segunda-feira, 28 de março de 2011

Eu sou o pão da vida



Lucas 24:28-30 - 28  E chegaram à aldeia para onde iam, e ele fez como quem ia para mais longe. 29  E eles o constrangeram, dizendo: Fica conosco, porque já é tarde, e já declinou o dia. E entrou para ficar com eles. 30  E aconteceu que, estando com eles à mesa, tomando o päo, o abençoou e partiu-o, e lho deu.

 Na bíblia são usados símbolos muito simples, para explicarem coisas muito profundas. Em todos fatores isto é apresentado, como exemplo: temos o pão que nos representa a alimentação.
No Oriente-Médio, mesmo hoje, tudo continua tão simples e normal que pouco nos importamos. O costume deste povo é misterioso, eles em especial, gostam muito de parábolas, as crianças geralmente se intertem com bonitas histórias que lhes são contadas. No geral, o povo aprecia os versos ditos. O nosso Jesus, pela Sua infinita sabedoria, usava deste meio para que Suas mensagens ficassem gravadas nos ouvidos e mentes daqueles que lhe assistiam. Como por exemplo temos esta Palavra de Jesus: “Na verdade, na verdade vos digo...”, isto era para gravar mais. Todos permaneciam atentos à Palavra do mestre. Jamais algum deles se esqueciam disto. A fama do Senhor espalhava-se ao redor, cobrindo até mesmo outras nações.
O pão oriental é simples. Nesta Obra, Jesus nos garante o alimento, pois o mundo tem fome, ele jejua eternamente, porque falta-lhes o alimento. Usam eles de literaturas estragadas para saciarem, porém tudo continua vazio.
Para o nosso Jesus poder dizer que ele era o Pão da Vida, custou-lhe um alto preço. Em toda milenar história humana, nenhum outro homem poderia referir isto: que ele fosse o pão vivo que desceu do céu. Só mesmo o divino Jesus,  a palavra viva, tinha autoridade para dizer isto.
Como dissemos, o pão oriental possui sete formas seqüenciadas para a sua formação. Este pão era produzido do trigo; para os orientais, uma pequena semente deste necessário cereal era preciosa. Em Israel, devido a aridez do solo, era muito penoso plantar uma semente, cujo valor era inestimável. Com muita razão eles davam um grande valor também a um pedaço de terra  que lhes pertencia. Quando uma semente era lançada na terra, todo o coração do semeador ia junto, pois ele permanecia na dúvida, se aquela semente germinaria ou não, ele tirava-a, ela poderia ser sua alimentação. Com toda esperança lançava ao solo para crescer.


                        Os processos são os seguintes:



1o - Semear

A semente quando lançada na terra já preparada deve morrer para que possa dar frutos. Em João 12:24, diz que se o grão morre, dará muitos frutos, dando lugar a uma planta.



2o - Crescimento

O crescer exigia um grande fator. O tempo. O semeador tranqüilizava-se ao saber que o sol, a chuva, enfim, o tempo incumbiria de ajudá-lo.



3o - Colher

Semente depois de madura, a espiga ia ser ceifada pelo semeador, que, com sua foice saia ao trigal para colhê-lo. Era um grande fato, uma festa em Israel quando isto acontecia.




4o - Peneiração

Depois de colhido, o trigo imediatamente é levado para a eira. Uma ampla e plana área destinada para a secagem completa, eram apanhados alguns bois que passavam por cima de todo o trigo, espalhando a eira. Neste processo, elas estavam sendo debulhadas. Normalmente uma aldeia possuía uma só eira. Enquanto os animais trabalhavam, os ceifeiros ajuntados,  ficavam a conversar sobre vários assuntos do reino, e no mesmo tempo apreciavam a beleza  do local lhes trazia.
Depois de cirandado (Cirandar o trigo significa submetê-lo à pesadas rodas de pedra que o esmagam em movimentos circulares.), tudo era colocado em peneiras, para que pudesse fazer a separação do trigo e da palha. Em Amós 9:9, existe um texto ao qual precisamos prestar atenção: “Porque eis que darei ordens e sacudirei a casa de Israel entre todas as nações, assim como se sacode trigo no crivo, sem que caia na terra um só grão”. Deus advertiu através do seu mensageiro, que haveria um processo de sacudidura naquele tempo, entre a casa de Israel, o povo escolhido de Deus; disse que separaria a sujeira do grão. Essa idéia de sacudidura, ou peneiramento, foi extraída da agricultura. Os grãos de trigo, cevada, lentilha, por exemplo, eram colhidos, mas estavam com muita sujeira, palha, pedrinhas e coisas semelhantes. Colocava-se uma porção numa peneira e começava-se a sacudir, primeiro com menos intensidade e ia-se aumentando gradativamente. A sujeira saía e o grão ficava. Isso até hoje é praticado. Os peneirantes lançavam o trigo juntamente com a palha para cima e no ar, o vento levava a palha, mas o trigo descia para a peneira. As crianças gostavam de brincar neste lugar bonito. O nosso Jesus quando menino, também brincava ali.



5o - Moer

Depois do processo anterior, apanhava-se o trigo e levava-o para ser moído. Havia duas pedras justapostas, com um orifício, onde era colocado o trigo. Interessante que nesta hora, este serviço de moer competia às mulheres. Razão pela qual, Jesus disse que duas estarão moendo: uma será levada, a outra ficará. As duas mulheres, para este serviço, ficavam assentadas no chão trabalhando naquelas pedras. É um serviço muito alegre, por sinal. Enquanto as moedoras trabalhavam, as pedras faziam um barulho característico, e elas aproveitavam para cantarem louvores a Deus. Toda a família aldeiante possuía um moinho, onde o trigo era moído e saia fino.

6o - Amassar

 Todo esse trigo fino e branco era apanhado e untado com azeite, água e outros ingredientes de tempero, e sofria o processo de ser batido, ou amassado, para que a massa estivesse pronta para ir ao forno.









7o - Assar

 Depois, esta massa em vasilha própria, era colocada dentro de um forno para ser assado. O forno continha algumas pedras que eram aquecidas, elas ficavam bastante quentes. A boca do forno era fechada, e depois de certo tempo era novamente aberta e já poderia retirar o pão que se formara daquela massa. O seu  perfume exalava por toda a casa. A sua forma assemelhava a um disco, um pouco achatado e redondo.
Finalizando, o pão para chegar ao seu estado natural, passava por um processo trabalhoso. Para Jesus dizer “Eu sou o Pão da Vida”, também ocorreu este processo. Jesus não tinha nada que vir aqui entre nós. Ele despojou-se do seu corpo de glória, para vestir-se deste corpo corruptível, para nos salvar. Ele disse ao Pai: Eu quero sofrer como eles sofrem, ter medo, ter fome, ter sede, sentir cansaço. Eu vou morrer por eles. Quero sentir a morte, solidão, quero passar o que eles passam. Aleluia! E o valente do Senhor aqui veio. Ainda quando criança já era perseguido, e assim foi perseguido do colo até a morte, até ao túmulo. O nosso Jesus.

1o - Semear

O grande semeador divino, Deus Pai, saiu a semear o Seu próprio filho. E a semente saiu das mãos quentes do Pai. Ficou no chão frio e úmido da terra, morrendo nesta hora para si mesmo. Por isto Jesus pregou que nós devemos renunciar a nós mesmos e seguirmos, pois naquele ato, Jesus estava abandonando a Si mesmo para cumprir a função de amar os pecadores.


2o - Crescer

Há muitos que não gostam de rotina. Contudo, a vida de Jesus era uma perfeita rotina. Seu dia a dia era uma perfeita rotina, rotina que consistia em estar na sinagoga, a casa do Pai celestial, na carpintaria, a casa do trabalho, em sua casa, que não era sua propriedade dita, e sim dos seus pais terrenos. Jesus não tinha diversões. Ele estava crescendo. Diz a Palavra que ele crescia em graça, sabedoria e estatura. Aí está o pé de trigo tomando forma. Este crescimento veio em  função do tempo. Com o sol, a tribulação, a chuva, as dificuldades, mas na hora certa ele amadurecia.


3o - Colher

Para o sacerdote, a idade de 30 anos era-lhe muito especial, pois com esta idade ele estaria apto para começar o seu sacerdócio. Jesus cumprindo a lei, já maduro, iniciou o seu ministério também com 30 anos.
Jesus é o sumo sacerdote de uma nova aliança, lembramos da pergunta de Isaque ao seu pai: “Onde está o cordeiro para o holocausto?”. Esta pergunta veio rasgando os séculos, até chegar  e deter-se diante de João que, vendo Jesus aproximar-se exclama: “Es o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, respondendo àquela questionante pergunta. O nosso Jesus, não tinha pecado para confessar, mas sobre Ele viria o Espírito Santo com a foice, que é a Palavra do Senhor que dizia: “eis o meu filho amado, a ele ouvi”. Jesus foi colhido naquela hora, estava maduro.
Muitas vidas o Senhor não usou ainda, porque não estão totalmente maduras, porém no devido tempo, o Senhor as usará.


4oPeneirar

Jesus foi levado até o deserto para sofrer o processo de provação. Ali Ele sofreu as tentações, sendo provado por nós. Ele foi passado por uma peneira de crino fino. No deserto, sofreu três tipos de provações, que são semelhantes as de Adão:

1 - O pão: Carne
2 - Adoração: Idolatria
3 - Poder do mundo: Soberba dos olhos.

Adão  tinha tudo para não pecar e pecou. Jesus tinha tudo para pecar, mas não pecou.

5o - Moer

Jesus foi moído por/entre duas pedras. Foi no Getsêmani que Ele sofreu a prensa. Moído pelas nossas iniqüidade, moído por nós, prensado. Diante de Deus no jardim Ele orou ao Pai. Faça-se a Tua vontade. Fisicamente no corpo Ele teria não suportado, mas aprouve a Deus moê-lo fazendo-o enfermar para curar-nos.

6o - Amassar

Era a hora da mistura, onde o azeite, o Sal e outros temperos estariam entrando em ação. Jesus estava nas mãos dos homens e era Ele uma massa sem forma, sendo torturado e desfigurado nas mãos dos pecadores. Ele sendo Deus se fez homem, todavia, nem homem era mais naquela hora, se transformou em uma massa, um trapo humano. Cada um queria tirar uma casquinha de Jesus. Mas Jesus na cruz fez a intercessão extraordinária. Pai perdoa-os. Ele disse isto dentro de sua vida.


7o - Assar

Jesus depois de sofrer esta cruciante morte, foi colocado no forno, “o túmulo”. O forno foi fechado. Uma grande “pedra” foi colocada no túmulo com o selo do império romano. Mas Deus não dá satisfação ao homem, o Seu Santo não verá  corrupção, a boca da caverna foi aberta, Jesus “ressurgiu”.
Quando saiu dali, era já o pão saindo do forno, agora podemos comer deste pão, Jesus passou  por tudo isto para não permitir que nós morrêssemos nos nossos pecados. Daí a Palavra que Ele veria o fruto do seu penoso trabalho, e ficará satisfeito. Nós somos o seu fruto. Jesus tem nos mostrado o melhor do seu Reino. Pão vivo que desceu do céu. Levítico 2:1-2 e 4-8.
João 6:48 Quando Jesus disse que ele era o Pão da vida, ele estava mostrando a necessidade que
todos nós temos de alimentar.


Antigamente, o culto levítico tinha oferta de manjares, e nela os homens apanhavam o fruto que tiravam do seu esforço. Era o pão de movimento. Os seus ingredientes eram:
1o -  A flor de farinha, era o símbolo daquilo que o homem pode dar.
2o -  O azeite. 
Tudo era juntado. Isto é a aplicação na nossa vida, nosso esforço, a flor de farinha, que era o símbolo daquilo que o homem podia dar.
O azeite é o símbolo da unção, a farinha sozinha não faz o pão, falta o azeite. Somos nós quem fabricamos o pão. Quando o homem encontra Jesus, Ele se manifesta através de nós.
A Igreja está dando o pão, o corpo partido de Jesus alimentando o mundo através de nós, a Igreja. Ninguém fala de Jesus se não for na unção.


3o - Incenso, ele era usado para dar cheiro ao pão, para que quando assado, pudesse sentir o cheiro do pão, que é diferente do pão velho - este não serve.


Jesus está sendo fabricado por nós, em nós, pois a Igreja é a maior evidência do pão da vida. O incenso fazia com que o pão desse o bom cheiro.


Somente aquele que fabricou poderá dizer quanto vale o pão. Nesta Obra o pão velho não serve, pão vivo é hoje, feito na hora. Só o padeiro espiritual sabe o preço deste pão e os ingredientes ali aplicados. Os ingredientes são as lutas aplicadas, para se fazer o pão. As lutas que o fabricante enfrenta. O forno era no porão, no interior da casa. O forno é símbolo das aflições, o pão só pode ser usado, ou seja, assado, no calor do Espírito.
                       
A assadeira é o símbolo do exterior do homem.
Vidas que andam com o evangelho sem lutas no coração, não servem.
Jesus é fabricado em nós:
Ninguém pode falar de Jesus sem dar-lhe o melhor de sua vida, a flor de farinha..
Sem unção também não. O azeite.
E depois, glorificar ao Senhor sem ser uma vida de oração, também não serve, o incenso.
O pão do movimento, hoje é o próprio movimento.


Um comentário:

  1. Graça e Paz.
    Mensagem edificante.
    O final do processo é repartir o pão a cada dia.

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